biomecanica de corpos imateriais
Sinopse
Utilizando técnicas circenses de acrobacia aérea e técnicas de suspensão e cutting, "biomecanica de corpos imateriais" explora a (in)existência espetacularizada do corpo transgênero. Levando o público do afastamento em relação ao bizarro para a identificação com o humano, coloca os espectadores em uma agoniante posição de voyer.
DESCRIçÃO
Há um casulo de plástico bolha suspenso quando o público entra. Lui está dentro do casulo. O publico fica embaixo do casulo em conformação circular, deixando apenas um pequeno espaço no centro. A ação inicia com uma trilha sonora, o casulo começa a se mexer, tomando formas de contorno humanoide. Aos poucos o plástico é furado, deixando escorrer líquidos fosforescentes. Partes do corpo começam a ser reveladas, mãos, braços, pés e pernas, de maneira que o plástico vai se rasgando cada vez mais. Em um momento, o plástico é inteiramente rasgado revelando o corpo de Lui, que está nu, revestido apenas por plástico filme. Nesse momento o casulo deixa de existir, tomando a conformação de um Tecido Gota (Aerial Hammock). Lui se movimenta reallizando acrobacias aéreas, sempre tentando se desprender dos restos do casulo de plástico, por vezes conseguindo libertar-se, por vezes se prendendo ainda mais. Ao final Lui escala até o topo do casulo e desce de uma vez, em uma queda entrecortada pelos restos de plástico, que termina com um baque no chão. As luzes se apagam por um momento, e a música é substituída por uma gravação de voz metalizada com um aviso de acionador. Luzes da Plateia se acendem, Lui encara o público nos olhos, através do plástico filme que reveste seu rosto. Lui saca uma lâmina e começa a cortar o plástico filme que envolve seu corpo, cortando também parte de sua pele que está embaixo, de maneira que o sangue visivelmente começa a escorrer por cima do plástico. Enquanto a ação ocorre, Lui repete um texto que vai aumentando a velocidade seguindo a velocidade da ação. Aos poucos o plástico vai se despedaçando e, ao final, Lui está nu cheio de sangue. As luzes da plateia se apagam. Uma voz metalica volta a soar, marcando o fim da ação.
Circo da Dona Bilica, 2016 Foto: Vanessa Soares
Circo da Dona Bilica, 2016 Foto: Vanessa Soares
Anhangabaú, São Paulo, 2015 Foto: Nu Abe
Circo da Dona Bilica, 2016 Foto: Vanessa Soares
HISTÓRICO
A performance foi realizada pela primeira vez em 2014. Por conta do pé direito baixo do local, o casulo ficou na altura dos olhos do público, no meio da pista de dança da festa "Covil de Bruxaria Ciborgue", na Espelunca, Curitiba/PR.
Sua segunda realização foi em 2015, no festival SP na Rua, São Paulo/SP. A performance ocorreu ao ar livre, portanto os efeitos de luz foram reestruturados. Foram adicionadas técnicas de pirotecnia, com swing de fogo.
Em 2016 e 2017, a performance foi adaptada para fazer parte do espetáculo "Show de Horrores". Nesse espetáculo, Lui fica suspenso no casulo em cima do público, numa altura 6 metros, por aproximadamente uma hora antes do início da ação. As apresentações aconteceram no Circo da Dona Bilica, em Florianópolis/SC.
Em 2017, também, a performance foi registrada por Matheus Faistig, para fazer parte doo documentário "Depois do Fervo", que está em fase de edição.
Necessidades Técnicas
Ideal
Pé direito mínimo de 6,5 metros de altura
Estrutura para ancoragem em vão livre, com capacidade para 1KN
6 Refletores PAR, 1 Refletor Elipsoidal
Sonorização
Mínimo
Pé direito mínimo de 2,5 metros de altura
Estrutura para ancoragem em vão livre, com capacidade para 0,3KN
Sonorização
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA
Maiores de 18 anos (nudez e automutilação).
(pode ser adaptada para outra faixa etária)